Constantemente me definem sob três óticas. A dos que um dia me falaram que eu seria um resultado das péssimas surpresas que a vida me reservava, se as resistisse. A dos que me consideram segundo a visão dos que têm dúvidas sobre meu poder de conquista e dizem que sou um resultado da sorte. E a dos que optam em, futuramente, não fazer parte dos que já tiveram que engolir suas palavras, acreditando que eu sou um obstinado em contrariar o que chamam de predestinação.

Eu tive que dar muito murro em ponta de faca pra aprender que a força motriz de toda conquista chama-se entrega... compreender que entregar-se à uma causa é não somente reunir forças, mas demonstrar-se fraco também... fraco no orgulho. Engulir seco todas aquelas palavras que - ao meu entender - seriam as responsáveis por me deixar superior em determinada questão, baixar a cabeça no momento em que tudo o que queria era mostrar altivez; silenciar.

Eu tenho aprendido que enquanto eu busquei a felicidade como fim para minha vida, eu vivi triste. Entretanto, todas as vezes que tornei meus meios em momentos e ações de felicidade, independentemente do fim, valeu a pena.
Portanto, eu vivo feliz. E quero viver mais que nunca. Pois a maior dádiva que podíamos ganhar chama-se vida. Ela é muito maior que tudo aquilo que buscamos, afinal, como o próprio significado da palavra sugere, simplesmente tudo é complemento.

r. mt